O cérebro do elefante
É uma das estruturas mais sofisticadas do reino animal, responsável não só por uma capacidade de recordação impressionante, mas também por comportamentos sociais, emocionais e cognitivos que rivalizam com os dos primatas e até com os dos humanos.Com cerca de cinco quilos, o cérebro do elefante é o maior
entre os mamíferos terrestres. O córtex cerebral, a região associada ao pensamento consciente, à
tomada de decisão e à aprendizagem, é altamente desenvolvido, com um número de
neurónios que ultrapassa o dos humanos.
Vida social
Uma das características mais fascinantes dos elefantes é a
sua vida social.
Vivem em grupos liderados por uma fêmea mais velha, conhecida
como matriarca, cuja experiência e memória são vitais para a sobrevivência do
grupo. As matriarcas recordam rotas de migração, locais de água em épocas de
seca e até interações com outros grupos de elefantes ou com humanos.
Empatia
Estes animais são
capazes de reconhecer-se ao espelho, uma autoconsciência que
poucos seres passam. Também exibem empatia e compaixão: há registos de elefantes
que permanecem junto de companheiros feridos, que tentam reanimar os mortos e
que demonstram comportamentos de luto. Estes gestos refletem uma compreensão emocional do mundo e dos outros.
Capacidade de comunicação
Os
elefantes utilizam sons de baixa frequência, conhecidos como infrassons (que não conseguimos ouvir), que
podem percorrer vários quilómetros e transmitir informações complexas.
Combinam
estes sons com gestos, posturas corporais e até vibrações do solo, criando um
sistema de comunicação altamente eficiente, que permite-lhes coordenar movimentos de grupo, alertar
para perigos e reforçar laços sociais.
Tromba
Símbolo de força e delicadeza, é também uma extensão sensorial do cérebro. É através dela que o elefante explora o ambiente, identifica cheiros, manipula objetos e até demonstra afeto.
Símbolo de força e delicadeza, é também uma extensão sensorial do cérebro. É através dela que o elefante explora o ambiente, identifica cheiros, manipula objetos e até demonstra afeto.
Ao reconhecermos a profundidade da sua mente, tornamo-nos
mais responsáveis pela sua preservação. Proteger os elefantes é proteger uma
das formas mais extraordinárias de inteligência que a natureza produziu, uma
inteligência que, em muitos aspetos, reflete o melhor de nós próprios.
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