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Abre a pestana com um poema por semana

  (Dia do Livro Português – 26 de março) Os livros Os livros. A sua cálida, terna, serena pele. Amorosa companhia. Dispostos sempre a partilhar o sol das suas águas. Tão dóceis, tão calados, tão leais, tão luminosos na sua branca e vegetal e cerrada melancolia. Amados como nenhuns outros companheiros da alma. Tão musicais no fluvial e transbordante ardor de cada dia.                                     Eugénio de Andrade    

Abre a Pestana com um poema por semana

As palavras   São como um cristal, as palavras. Algumas, um punhal, um incêndio. Outras, orvalho apenas.   Secretas vêm, cheias de memória. Inseguras navegam: barcos ou beijos, as águas estremecem.   Desamparadas, inocentes, leves. Tecidas são de luz e são a noite. E mesmo pálidas verdes paraísos lembram ainda.   Quem as escuta? Quem as recolhe, assim, cruéis, desfeitas, nas suas conchas puras?                      Eugénio de Andrade