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Abre a Pestana com um poema por semana

 (Dia Mundial do Doente – 11 de fevereiro) Lágrimas ocultas   Se me ponho a cismar em outras eras Em que ri e cantei, em que era querida, Parece-me que foi noutras esferas, Parece-me que foi numa outra vida…   E a minha triste boca dolorida, Que dantes tinha o rir das Primaveras, Esbate as linhas graves e severas E cai num abandono de esquecida!   E fico, pensativa, olhando o vago… Toma a brandura plácida dum lago O meu rosto de monja de marfim…   E as lágrimas que choro, branca e calma, Ninguém as vê brotar dentro da alma! Ninguém as vê cair dentro de mim!                                             Florbela Espanca, in Livro de Mágoas