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Abre a Pestana com um poema por semana

   (Dia de São Valentim – 14 de fevereiro) Quando a ternura for a única regra da manhã Um dia, quando a ternura for a única regra da manhã, acordarei entre os teus braços. a tua pele será talvez demasiado bela. e a luz compreenderá a impossível compreensão do amor. um dia, quando a chuva secar na memória, quando o inverno for tão distante, quando o frio responder devagar com a voz arrastada de um velho, estarei contigo e cantarão pássaros no parapeito da nossa janela. sim, cantarão pássaros, haverá flores, mas nada disso será culpa minha, porque eu acordarei nos teus braços e não direi nem uma palavra, nem o princípio de uma palavra, para não estragar a perfeição da felicidade.                                                   José Luís Peixoto , in A Criança em Ruínas  

Resultados do Concurso de Leitura CL5 - Português 2º Ciclo

  Parabéns!

Abre a Pestana com um poema por semana

  (Dia Internacional do Vinho do Porto – 27 de janeiro) Aqui Douro. O Paraíso do vinho e do suor. (…)   Paraíso da aguarela forte das vinhas que entram em ondas verdes pelos olhos. Vinhas que estão na vida desta gente como grito nos lábios, como flor no desejo, como o olhar nos olhos, vinhas, sei lá, que são a própria vida desta gente.   Paraíso dourado das vindimas! Então o Douro é d’ ouro. (…) Ouro ainda no regresso do trabalho, ao som dum bombo, de uma concertina. Ouro nos cestos, nos lagares, nas pipas, ouro, ouro, suado de sangue, ouro! Ouro talvez nos cálices de quem veio de longe assistir da janela. Ah! Paraíso dourado das vindimas, do vinho quente, vinho-gente , que cintila, que é suor e sangue e sol engarrafado!   (…) Paraíso dos barrancos inconcebíveis, das rogas e dos silêncios, do grandioso silêncio das montanhas!     Paraíso! Paraíso! Oh! Cântico de pedra à esperança!                       António Cabral, Antologia dos poemas durienses

Abre a Pestana com um poema por semana

  (Dia Internacional do Riso – 18 de janeiro)             Como “A gargalhada é o sol que varre o inverno do rosto humano.” (Victor Hugo), vamos aproveitar uns segundos para rir ainda que não seja à gargalhada …            Um bêbado atravessa a estrada fora da passadeira. Entretanto, passa um carro e buzina: “ Bi-bi!”.          O bêbado grita: “Eu também bibi e não foi pouco, não!”