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Abre a Pestana com um poema por semana

 


(Dia Internacional do Vinho do Porto – 27 de janeiro)


Aqui Douro. O Paraíso do vinho e do suor.

(…)

 

Paraíso da aguarela forte das vinhas

que entram em ondas verdes pelos olhos.

Vinhas que estão na vida desta gente

como grito nos lábios,

como flor no desejo,

como o olhar nos olhos,

vinhas, sei lá, que são a própria vida desta gente.

 

Paraíso dourado das vindimas!

Então o Douro é d’ ouro.

(…)
Ouro ainda no regresso do trabalho,

ao som dum bombo, de uma concertina.

Ouro nos cestos, nos lagares, nas pipas,

ouro, ouro, suado de sangue, ouro!

Ouro talvez nos cálices de quem

veio de longe assistir da janela.

Ah! Paraíso dourado das vindimas,

do vinho quente, vinho-gente, que cintila,

que é suor e sangue e sol engarrafado!

 

(…)

Paraíso

dos barrancos inconcebíveis,

das rogas e dos silêncios,

do grandioso silêncio das montanhas!

 

 

Paraíso! Paraíso!

Oh! Cântico de pedra à esperança!

                      António Cabral, Antologia dos poemas durienses

                                                                                                                  A equipa da BE

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