A cor que usamos para descrever o fogo, o sangue e a paixão em português… não vem do fogo, nem do sangue!
“Vermelho” deriva de vermiculus, diminutivo de vermis (verme), referindo-se às cochonilhas, pequenos insetos que ao serem esmagados, libertam um pigmento vermelho intensamente vivo: o carmim.
Essa substância era usada desde a Antiguidade para tingir tecidos, roupas nobres e objetos sagrados. A cor era tão marcante e valiosa que acabou associando-se ao próprio nome da cor — a cor extraída dos vermes virou “vermelho”.
Enquanto noutras línguas usam termos com origem em ruber (latim para “vermelho” ou “rubro”) ,como rosso (italiano), rouge (francês), rojo (espanhol) e red (inglês), o português tomou outro caminho. No português medieval, "vermelho" nem sempre era exatamente o que chamamos hoje de vermelho — às vezes significava um roxo profundo, e o termo mais comum para o vermelho era rubro. Mas ao longo do tempo, especialmente com o uso do pigmento carmim, “vermelho” passou a dominar o vocabulário do cotidiano.

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